Chic

SER CHIQUE Por GLÓRIA KALIL

Nunca o termo “chique” foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.

Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é quem fala baixo.

Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.

É lembrar-se do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.

É “desligar o radar”, “o telefone”, quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com “trocentas” plásticas do físico… quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo…falsidade.

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos, sem levar nada material deste mundo.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!

Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios… mas, Amor e Fé nos tornam humanos!

Danuza Leão


*Duas bolas,
por favor

         Escrito por Danuza
Leão*


        Não há
nada que me deixe mais frustrada

        do que pedir sorvete de
sobremesa,

        contar os minutos até ele chegar
        e aí ver o
garçom colocar na minha frente

        uma bolinha minúscula do meu sorvete
preferido.

        Uma só.

        Quanto mais sofisticado o
restaurante,

        menor a porção da sobremesa.
        Aí a vontade que
dá é de passar numa loja de conveniência,

        comprar um litro de sorvete
bem cremoso

        e saborear em casa com direito a repetir
quantas

        vezes a gente quiser,
        sem pensar em calorias, boas
maneiras ou moderação.


        O sorvete é só um exemplo do que tem sido
nosso cotidiano.


        A vida anda cheia de meias porções,
       
de prazeres meia-boca,

        de aventuras pela metade.
        A gente
sai pra jantar, mas come pouco.


        Vai à festa de casamento, mas
resiste aos bombons.


        Conquista a chamada liberdade
sexual,

        mas tem que fingir que é difícil
        (a imensa maioria
das mulheres

        continua com pavor de ser rotulada de
‘fácil’).


        Adora tomar um banho demorado,
        mas se contém
pra não desperdiçar os recursos do planeta.


        Quer beijar aquele
cara 20 anos mais novo,

        mas tem medo de fazer papel
ridículo.


        Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD,
       
esparramada no sofá,

        mas se obriga a ir malhar.
        E por aí
vai.


        Tantos deveres, tanta preocupação em ‘acertar’,
       
tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação…


        Aí a
vida vai ficando sem tempero,

        politicamente correta
        e
existencialmente sem-graça,

        enquanto a gente vai ficando
melancolicamente

        sem tesão…

        Às vezes dá vontade de
fazer tudo ‘errado’.

        Deixar de lado a régua,
        o
compasso,

        a bússola,
        a balança
        e os 10
mandamentos.


        Ser ridícula, inadequada,
incoerente

        e não estar nem aí pro que dizem e o que
pensam a nosso respeito.

        Recusar prazeres incompletos e meias
porções.


        Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se
rebelou

        e disse uma frase mais ou menos assim:
        ‘Deus,
dai-me continência e castidade, mas não agora’…


        Nós, que não
aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem,

        podemos (devemos?)
desejar

        várias bolas de sorvete,
        bombons de muitos
sabores,

        vários beijos bem dados,
        a água batendo sem
pressa no corpo,

        o coração saciado.

        Um dia a gente
cria juízo.

        Um dia.
        Não tem que ser agora.

       
Por isso, garçom, por favor, me traga:

        cinco bolas de sorvete de
chocolate,

        um sofá pra eu ver 10 episódios do ‘Law and
Order’,

        uma caixa de trufas bem macias
        e o Richard Gere,
nu, embrulhado pra presente.

        OK?
        Não necessariamente nessa
ordem.


        Depois a gente vê como é que faz pra consertar o
estrago . . .

 

 Bjs e tenham um lindo dia!


Falando sobre A idade de ser feliz

 Achei lindo esse post da Ternura, e o trouxe aqui. Visitem o spaces  dela. É bonito.

Citação

A idade de ser feliz

 

A idade de ser feliz

 

 

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.


 Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.


 Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.


 Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.


 Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se 

PRESENTE e tem a duração do instante que passa.

 

Autor: Mário Quintana

Ternura

Senhora, senhora

 
NÃO ACORDEM MINHA RUGAS!
– ROSE AROUCK –

 
 
SENHORA!…SENHORA!
Quando começaram assim a me tratar? Nem lembro mais. Raros obrigados tenho ouvido.
Licença? Bem poucos. Por favor? Raríssimos!
  Hoje em dia a educação se resumiu basicamente em forma do tratamento: Senhora.
Essa educação não falha nunca. Engraçado que soa como uma ameaça e nos rotula de tal maneira,
que parece até que a gente envelhece mais rápido.
As rugas que ainda dormem pra acordar só mais além,
 a cada Senhora despontam assustadas deixando marcas de tempo nos nossos rostos.
Deixem minhas rugas dormirem criaturas!
Esse é o grito da minha pele rosada que também se desbota
como uma pétala de rosa com a morte primaveril.
Não há nada a ser feito contra isso.
É o tempo voraz modificando nossa paisagem aos olhos dos outros.
E os outros adoram isso. É uma espécie de vingança terrível!
Bem feito, quem mandou envelhecer!
E o tempo fica nos olhando como um urubu disfarçado
vendo aonde ele vai picar mais um pouquinho.
Fica expectativa marcando território no nosso corpo.
Por isso que eu o chamo de Tempo ladrão.
E a nossa educação se resume nisso. Só nisso.
Aonde entramos escutamos: Senhora!
Porra não quero ser tratada assim. Me ignorem por favor!
Não despertem minhas rugas que o preço dos cremes estão pela hora da morte.
Fazer plástica só pra quem tem sobrando.
E eu além de senhora fatal não tenho nada sobrando além de minhas rugas acordadas.
Poupem meu sacrificio de querer parecer jovem!
Não acordem minha rugas
 
 
Desejo a todos um lindo fim de semana!
Bjs no coração.